prosa forte...
domingo, 21 de setembro de 2014
SOBRE AS ELEIÇÕES (qualquer uma delas)
E afinal, generalizando, é isso mesmo o que acontece em todas as eleições, nós nos identificamos com um candidato e ele é o melhor, e pronto! Não adianta um milhão de argumentos.
E, do meu ponto de vista, posso me referir às incompetências e corrupções do PSDB ou do PT, das chances desperdiçadas por eles (para falar das principais campanhas, e aí já começo a puxar a brasa para minha sardinha) que muitos já estão convictos a votar no Aécio e na Dilma, contra todos os argumentos possíveis (relembrando, do meu ponto de vista).
Me posicionando, a decisão do meu voto surgiu em 2010, quando acreditei de fato que Marina Silva falava, agia e inspirava confiança. Isso acontecia desde que era Ministra do Meio Ambiente. Desde então venho tentando ao máximo ser racional na defesa da candidatura dela e não há o que me faça confiar em Dilma ou Aécio. Esse país é mal gerido há muito tempo!!!
Tenho simpatia e confiança pela Luciana Genro, que inclusive é do partido qual sou filiado, mas eu e ela sabemos que a campanha dela é apenas propositiva, para contribuir no debate, não deixando passar em branco todas as incongruências dos candidatos "medalhões", inclusive as da Marina.
As eleições me enchem de esperança, não em um salvador da pátria, mas na troca do condutor. Daquele que deverá servir de modelo para a maioria dos cidadãos. Daquele líder que poderá, através do seu exemplo (como José Mujica, no Uruguai, que não aceita privilégios ou Gandhi, que vivia o que falava), inspirar atitudes decentes na população e, o que mais espero, lutar de verdade contra a corrupção, egoísmo e vaidade dos gestores públicos.
Também tenho plena consciência que enquanto nós, povo, não mudarmos nossa postura (não querendo vantagens e privilégios, não furando fila, não subornando um funcionário público, não cometendo pequenas fraudes que ainda consideramos perdoáveis), não há Presidente, Governador ou Prefeito que resolva.
Agora faltam duas semanas para as eleições e prevejo muito desespero, por parte de quem não quer largar o poder ou de quem está hipnotizado por ele. Só torço para que consigamos nos manter equilibrados até o fim desse pleito.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
FLORESTA = ÁGUA
Rio Paraíba do Sul. Foto: Alexandre Ramos |
segunda-feira, 28 de julho de 2014
A ORGANIZAÇÃO BRASILEIRA
ICMS: R$ 40,23;
ISS: R$ 0,73;
PIS: R$ 1,05 + R$ 0,24;
COFINS: R$ 4,83 + R$ 1,11.
Entre impostos Federais (PIS e COFINS), Estadual (ICMS) e Municipal (ISS) é pago R$ 48,19 (referente aos R$ 175,51). Esses valores devem ser revertidos em serviços públicos, para falar só o básico, em Educação, Segurança e Saúde.
Como falava Joelmir Beting, "...e agora, para pensar na cama":
Nós recebemos serviços públicos de qualidade? O poder público administra bem esse volume imenso de dinheiro que pagamos?
Parece chover no molhado falar esse tipo de coisa, mas algo precisa ser feito coletivamente.
Em repetidas conversas com amigos e oportunidades em que colocamos esses disparates é comum surgir que a solução seria uma guerra civil e até a famosa "jogar uma bomba em Brasília". Não acho que seja esse o caminho, muito pelo contrário. (Sobre jogar uma bomba em Brasília que seja só uma figura de linguagem, absurda, diga-se). Isso instalaria um caos sem volta no nosso já desorganizado país.
Não concordo com nenhum tipo de violência. Logo, um dos caminhos seria a desobediência civil, já experienciada em grandes eventos mundiais, envolvendo países e povos. Mas fico pensando o quanto os criadores de caos poderiam se apropriar da situação.
Nessa linha, imaginando que pudéssemos nos organizar e realmente materializar um movimento de desobediência civil, o primeiro momento seria realmente o plano do caos, com a mídia comercial caçando os "culpados" e o estado colocando seus braços armados (outros irmãos explorados) para reprimir todos os movimentos. Isso já acontece, inclusive sem um grande movimento organizado.
O grande lance é que precisamos nos organizar, mudar o modelo de pensamento, deixarmos de ser manipulados, buscar a verdade e o cumprimento do papel do estado (se queremos um estado).
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Jesus está na mensagem...
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Meu Blog é neutro em CO2
Sabemos que certas algas e as árvores atuam absorvendo o Gás Carbônico (ou Dióxido de Carbono) na natureza, produzido pela queima de combustíveis fósseis, pelos humanos, pelas indústrias. Mas com a desflorestação e queda na qualidade das águas dos oceanos corremos o risco do volume de CO2 produzido ser maior que a capacidade dos elementos que o absorvem, causando assim um desequilíbrio no ecossistema, contribuindo para o aumento do aquecimento global (sendo que o CO2 é um dos gases do efeito estufa).
Quando se planta árvores ou se conserva florestas estamos fazendo com que esse equilíbrio seja mantido, ou, em certas vezes, até reconstituído, pelo nível de desflorestamento que estamos vendo.
Dentre diversas iniciativas existe uma chamada Gesto Verde (http://www.guiato.com.br/meioambiente/blog-neutro-co2/participe-deste-gesto/) que planta uma árvore a cada vez que alguém coloca o selo da campanha no Blog ou Site (no meu Blog está na parte direita).
Se você tem um Blog ou um Site é fácil participar e contribuir para que mais árvores sejam plantadas, veja as instruções no link do Gesto Verde. Caso você não tenha, plante árvores e incentive a prática, a saúde do planeta ganha com isso!
domingo, 20 de outubro de 2013
Vinicius Carvalho |
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Mais um assassinato comemorado
Não me sinto adequado a esse mundo em que devemos eliminar os inimigos, sacrificar vidas por dinheiro ou poder, ou ainda: petróleo... Acredito no que Gandhi disse um dia “olho por olho e o mundo acabará cego” e afinal de contas já não estamos muito cegos? Ontem mesmo postei um texto extraordinário do escritor Moçambicano, Mia Couto, onde ele dizia “Por que razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do Coronel Gadaffi?”
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas. Nessa altura, algo me sugeria o seguinte: que há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.
No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável casting internacional: os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência do país, e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os chineses abriram restaurantes junto à nossa porta, os ditos terroristas são governantes respeitáveis e Karl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência.
O preço dessa construção [narrativa] de terror foi, no entanto, trágico para o continente africano. Em nome da luta contra o comunismo cometeram-se as mais indizíveis barbaridades. Em nome da segurança mundial foram colocados e conservados no Poder alguns dos ditadores mais sanguinários de que há memória. A mais grave herança dessa longa intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.
A Guerra-Fria esfriou mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo, a Oriente e a Ocidente. E porque se trata de novas entidades demoníacas não bastam os seculares meios de governação... Precisamos de intervenção com legitimidade divina... O que era ideologia passou a ser crença, o que era política tornou-se religião, o que era religião passou a ser estratégia de poder.
Para fabricar armas é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos é imperioso sustentar fantasmas. A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentar as ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania. Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho começaria pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e do outro lado, aprendemos a chamar de “eles”.
Aos adversários políticos e militares, juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade é imprevisível. Vivemos – como cidadãos e como espécie – em permanente situação de emergência. Como em qualquer estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa.
Todas estas restrições servem para que não sejam feitas perguntas [incomodas] como, por exemplo, estas: porque motivo a crise financeira não atingiu a indústria de armamento? Porque motivo se gastou, apenas o ano passado, um trilião e meio de dólares com armamento militar? Porque razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadaffi? Porque motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça?
Se queremos resolver (e não apenas discutir) a segurança mundial – teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes. Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que sejam precisos pretextos de guerra. Essa arma chama-se fome. Em pleno século 21, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para superar a fome mundial seria uma fracção muito pequena do que se gasta em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do nosso tempo.
Mencionarei ainda outra silenciada violência: em todo o mundo, uma em cada três mulheres foi ou será vítima de violência física ou sexual durante o seu tempo de vida... A verdade é que... pesa uma condenação antecipada pelo simples facto de serem mulheres.
A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem darmos conta, fomos convertidos em soldados de um exército sem nome, e como militares sem farda deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e de discutir razões. As questões de ética são esquecidas porque está provada a barbaridade dos outros. E porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência nem de ética nem de legalidade.
É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha. A chamada Grande Muralha foi erguida para proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente, morreram mais chineses construindo a Muralha do que vítimas das invasões do Norte. Diz-se que alguns dos trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção. Esses corpos convertidos em muro e pedra são uma metáfora de quanto o medo nos pode aprisionar.
Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos. Mas não há hoje no mundo muro que separe os que têm medo dos que não têm medo. Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do norte, do ocidente e do oriente... Citarei Eduardo Galeano acerca disso que é o medo global:
“Os que trabalham têm medo de perder o trabalho. Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho. Quem não têm medo da fome, têm medo da comida. Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.”
E, se calhar, acrescento agora eu, há quem tenha medo que o medo acabe.
domingo, 17 de julho de 2011
A lição da África (parte I)
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Andamos para trás nas eleições
Jorge Luis Borges |
sábado, 21 de agosto de 2010
Dê-me a visão além do alcance!!!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Campanha "Adote um Deputado"
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O VALOR DO 9 DE JULHO
domingo, 16 de maio de 2010
NAVEGAR É PRECISO...
Guga (meu Pai) e Plínio em Guararema, SP |
quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
Educação, educação, educação!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Reciclagem de nossa postura
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Lembro quando a Bolívia nacionalizou a produção de gás e petróleo no país. Escutei até que o Brasil deveria bombardear o país vizinho (deve ser influência dos filmes estadunidenses). Se tivéssemos estudado a história dos países vizinhos saberíamos o quanto a Bolívia sofreu e foi explorada por empresas estrangeiras, chegando quase a ter toda sua água privatizada.
Ninguém se deu conta, mas naquele momento a Bolívia começava a reconquistar sua LIBERDADE.
Ainda é comum escutarmos piadas preconceituosas sobre o "índio" que virou presidente, inclusive em programas de TV brasileiros. Que foda! Povos indígenas, representantes das mais ricas culturas, muitas destruídas e apagadas desde o Alaska até a Terra do Fogo pela dominação européia, são os primeiros habitantes deste continente e ainda são tratados como povo de segunda classe.
Para quem gosta de falar de economia, como resultado de diversas ações (também aquelas sobre as multinacionais) a Bolívia cresceu em média nos últimos quatro anos cerca de 4,5% ao ano. Conseguiu também o perdão de U$ 1 bilhão de sua dívida externa junto ao BID. Esses dividendos foram fortemente direcionados para programas sociais. O que muitos chamam de populista está salvando a vida e dando dignidade ao um povo esquecido por séculos.
Realizando essas políticas públicas, que olham para os mais humildes do país, beneficiando aposentados, mães carentes que estão amamentando e famílias que mantêm crianças e adolescentes na escola, o governo boliviano está protagonizando a verdadeira FRATERNIDADE.
Essa revolução ainda não está nos livros de História, talvez porque ela não tenha glamour!
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Sobre "Reality Shows" e Terremotos
Hoje respeito mais as pessoas. Dentro do princípio do livre arbítrio e da liberdade (é quase redundante) tenho que respeitar o que cada um escolhe, não cabendo a mim julgar. Que autoridade tenho para isso? Nenhuma!
É lógico que me deixaria muito mais feliz se ontem as pessoas tivessem falado e sentido mais emoções sobre o que ocorreu no Haiti do que sobre a estréia do Big Brother. Ah isso me deixaria mais perto do mundo que considero ideal! Que as pessoas procurassem saber como ajudar a Cruz Vermelha e não ligassem para decidir quem seria eliminado no programão. Pow, como seria legal, mas isso ainda não acontece...
Com essa "ficha" que me caiu me sinto mais leve, me irrito menos e, pensando bem, não teria outro caminho, pois me tornaria um implicante (maior) se ficasse cutucando aos meus irmãos para que tomassem alguma atitude.
Reproduzindo um trecho da carta que uma ilustre brasileira deixou antes de sua partida, que resultaria em seu passamento, ao Haiti, quero me inspirar:
"...no mês que vem [janeiro] tem mutirão em busca das gestantes. Comece desde já a organizar o mutirão em sua comunidade. Fique sempre de olho nas novas gestantes. Seu apoio é muito importante para que elas tenham uma gravidez saudável e feliz"
domingo, 10 de janeiro de 2010
Por que o caça francês?
Para quem está acompanhando e se interessa pelo assunto, segue um link do YouTube sobre uma palestra de um Brigadeiro da área de Pesquisa e Desenvolvimento do CTA (São José dos Campos, SP) em 2008.
Sabendo-se que o SAAB sueco tem grande parte da sua tecnologia estadunidense, fica forte a questão da defesa pela proposta francesa que, concordo, poderia ter um preço melhor. Lembremos também que os EUA não nos passam até hoje muitas das especificações do F5 comprados (há décadas) pelo Brasil, imaginem para aviões modernos, como o F18.
(foto: Tucano da Força Aérea Francesa)
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Se a Polícia é um braço do Governo, temos que começar pelo cérebro...
Hoje, vendo as imagens do protesto contra o aumento da tarifa de ônibus no centro de São Paulo, pela primeira vez, tive saudade do tempo que vivi na Austrália. Vendo as imagens da polícia paulista reprimindo os manifestantes, com bombas, spray de pimenta e cacetadas, me lembrei de diversos protestos que vi em Sydney, onde os manifestantes eram acompanhados pela polícia ao longo da George Street (principal avenida da cidade) e os policiais organizavam uma faixa para que os manifestantes pudessem circular por todo o trecho central da cidade. Algumas vezes os protestos paravam aquela avenida por horas. Protestos de imigrantes, de estudantes, contra o governo australiano, contra o partido comunista chinês, contra o massacre em Mianmar. Vi todo tipo de protesto, alguns bem de perto. Quando os manifestantes se movimentavam os policiais acompanhavam o protesto, mas nunca vi um ato de violência para esses protestos.
Agora pouco, olhando a foto no UOL Notícias, de um policial com uma arma de fogo na mão, me deu até um frio na espinha. Sem contar as outras imagens de violência da polícia. Segundo a reportagem de Guilherme Balza não houve violência por parte dos manifestantes.
Que existem muitos maus policiais nós sabemos, como existem maus médicos, professores ou quaisquer profissionais de qualquer outra classe, mas sempre tive muito respeito pela Polícia Militar.
Falta civilidade, falta humanidade, falta educação, falta governo. Devemos protestar sempre!!!
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Chuva triste
Em Guararema, SP, onde nasci e cresci, o estrago foi grande, com fatalidades inclusive.
Mas esse também é um momento de alerta. Alerta para um planejamento responsável para as cidades atingidas. Momento de se lembrar que de tempos em tempos a Natureza cobra seu espaço.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Para que viemos! Para onde vamos!
Como última postagem deste ano quero fazer uma reflexão mais profunda e ousada. Aproveitando esse clima de amor ao próximo, vamos lá!
Estava relutante em escrever ou passar pelo tema do "sobrenatural” ou o Sagrado, pois isso gera muitas diferenças e animosidades, mas faz parte do nosso cotidiano e fez parte marcante deste ano para mim.
Até pouco tempo eu ainda me perguntava qual é o "fio da meada" ou qual o sentido da vida. Somos apenas o fruto de milhões de anos da evolução ou divina criação de Deus?
Por algum tempo oscilei perto do ateísmo, eu era a maior parte do tempo um agnóstico, achando que isso eu nunca iria saber.
Hoje creio em Deus! De uma forma diferente da que eu cria enquanto adolescente ou tempos atrás, mas agora creio definitivamente!
Sempre tentei achar esse caminho, estudando, perguntando e frequentando diferentes templos. Fui achá-lo do outro lado do mundo, em uma viajem que me trouxe um prejuízo financeiro enorme mas um crescimento impagável em muitos setores da minha vida. Não precisaria talvez ter ido tão longe, pois a resposta sempre esteve perto de mim (ou dentro de mim) enfim, as coisas foram como foram.
Ainda quando eu duvidava da existência de Deus eu pensava comigo mesmo: se todos se tratassem com amor e respeito nossa convivência na Terra seria melhor (eu nem me dava conta, mas Cristo já tinha dito isso). Uma religião que estudei diz, se todos se amarem como uma mãe ama a um filho, viveríamos uma revolução e o mundo estaria perto da perfeição. É um pensamento bem simples e verdadeiro, mas difere daquele em que Deus nos castiga se fizermos algo errado, o que sempre me incomodou e que, na minha opinião, nos leva a um lugar distante do altruísmo, do verdadeiro amor.
Concluo também que crer em Deus ou não, não muda o caráter de uma pessoa. Em exemplos extremos, gênios anarquistas (como Bakunin) amantes da humanidade, por princípio eram ateus. Outros (Hitler, Bush e reis cruzados) sempre usaram o nome de Deus para promover guerras, cometendo as mais terríveis atrocidades e genocídios. Ainda acredito que as nossas ações, boas ou ruins, terão consequências, mas isso está longe de ser um castigo ou recompensa (como aprendemos em algumas doutrinas que se intitulam cristãs). Acredito que se você coloca pedras demais no seu carrinho de mão ele fica pesado de se carregar. É uma consequência lógica.
Sempre fiz o exercício de tentar amar a todos, indistintamente, mas ainda perco a paciência, sou preguiçoso, vaidoso e tudo isso me impede de ser um humano melhor. Em todas as minhas preces peço perdão por tudo isso. Quero crer que estou evoluindo, mesmo que devagarzinho, mas isso não tem sido suficiente. Mesmo assim começo a entender para que eu vim e para onde eu vou.
Na prática, para concluir, hoje li no informativo do MST que, segundo a ONU, cerca de 1 bilhão de pessoas está faminta. Isso é um sexto da população mundial. E o que eu fiz para mudar isso?
Que em 2010 eu possa ir para o choque!
As-Salamu Alaikum - Que a paz esteja com você!
sábado, 26 de dezembro de 2009
Para que serve o governo?
Henry David Thoreau - O rebelde de Concord |
Ideologicamente concordo com Thoreau: "O melhor governo é aquele que menos governa". Ou seja, deveríamos esperar o mínimo possível ou nada dos governos, pois estaríamos aptos a nos autogerenciar. No entanto um modelo anarquista de gestão, aquele onde a sociedade é quem gere, me parece distante.
Já que estamos num modelo de gestão onde escolhemos os governantes e, teoricamente, eles administram e zelam pelo bem de todos, deveríamos então prestar a nossa atenção a como eles estão fazendo isso. E pergunto, fazemos isso? Puta vida, pouca gente faz! A maioria fica reclamando. Desculpe, mas isso me irrita.
Nesse modelo, não anarquista (infelizmente para mim), a dita sociedade deveria acompanhar os mecanismos, deveria saber sobre orçamento público, começando pelo municipal. Deveria pelo menos, como o mínimo dos mínimos, “adotar” um Vereador para acompanhar o mandato. Caso contrário é entregar o ouro aos bandidos. E isso todo mundo concorda, está cheio de bandidos no poder público, salvo raríssimas exceções.
Concluindo, o governo serve para governar! E nós, concordamos em ser governados? Dessa forma???
Arte para Crianças e para todos!
Algumas Preferidas!
Arquivo Algumas Preferidas
# (Jamaica) Skatalites - Guns of Navarone
# (Chile) Illapu - Que Broten las Palabras
# (Canada) Rush - The Trees
# (Brasil) Paulinho da Viola - Foi um Rio que passou em Minha Vida
# (Austrália) Hoodoo Gurus - Come Anytime
# (Brasil) Toquinho - O Caderno
# (Austrália) Midnight Oil & Warumpi - Blackfella-Whitefella
# (EUA) Tracy Chapman - Fast Car
# (Cuba) Buena Vista Social Club - Chan Chan
# (Inglaterra) Yusuf Islam (Cat Stevens) - Morning Has Broken
# (EUA) Moby - Lift Me Up
# (Russia) Tchaicovsky - 1812, Abertura
# (Mali) Salif Keita - Moussoolou
MESTRES
"As qualidades ou virtudes são construídas por todos nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância entre o que dizemos e o que fazemos"
(Paulo Freire)
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"Desfruta a terra, mas sem possuí-la. Por falta de iniciativa, os homens estão onde estão, comprando e vendendo, desperdiçando a vida como escravos."
(Henry David Thoreau)
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“É melhor a ausência de luz do que uma luz trêmula e incerta, servindo apenas para extraviar aqueles que a seguem.”
(Mikhail Bakunin)
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“Mais do que amor, do que dinheiro, do que religião, do que fama, do que justiça, me dê a verdade.”
(Henry David Thoreau)
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"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?"
(Guimarães Rosa)
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“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.”
(Gandhi)
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"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante."
(Albert Schwweitzer)
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"Saibam que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor."
(Salvador Allende)